Matula no linguajar mineiro significa lanche, saco em que se carrega comida para uma viagem. Diferente dos dias atuais, em que nos meios de transportes são oferecidos serviços de bordo, no passado não se viajava sem levar uma matula. Era uma garantia caso a viagem se atrasasse ou por questões de economia. Esses são traços da rica história popular de Minas Gerais, junto com os “causos” vividos e contados por gerações e que encantam os turistas até hoje.
Comer bem em Minas Gerais, sem dúvida nenhuma, é assunto sério. Não é por acaso que a gastronomia é a principal imagem de Minas para 29% dos turistas que visitam o estado, de acordo com o da Pesquisa de Demanda realizada pela SECTUR-MG. Atualmente, a gastronomia mineira é considerada um cartão de visitas para quem vem a Minas, é uma referência nacional, ocupa a terceira posição entre as principais motivações que levam turistas a viajar, ficando atrás de natureza (segundo lugar) e cultura (primeiro lugar).
O Projeto que ganhou o nome de Matula Mineira, vai contemplar o recorte territorial do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, onde predomina uma diversidade de culturas e produtos alimentícios originários do Cerrado, com peculiaridades os distinguem de outras regiões. A Flanar Turismo, empresa que está à frente deste projeto, diante desta diversidade, acredita que este grande baú gastronômico (com seus frutos, aromas, sabores e saberes ancestrais) projetará as singularidades de cada município. Ações coletivas irão promover produtores e produtos.
O projeto tem como meta fomentar um conjunto de atividades ligadas ao Turismo Rural, de Experiências e Gastronômico-cultural, realizadas em 14 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, com foco na gastronomia, ofícios e práticas artesanais mineiras que caíram no desuso, deixaram de existir ou se perderam ao longo da história. O objetivo é destacar em cada município a identidade cultural alimentar, os ofícios raros e seus artesãos. O objetivo é ofertar produtos e experiências sensoriais capazes de remeterem à nostalgia da vida próxima à natureza, ao fortalecimento de valores ecológicos, simbólicos e culturais, estabelecendo conexão entre as raízes históricas do passado e as inovações do presente.
Além da contextualização histórica, contato com a natureza, gastronomia e pessoas do lugar, que são verdadeiros legados desta região de Minas Gerais, uma cesta com os tradicionais produtos de origem integra a experiência. É para dar água na boca, não é? Não é só isso, é perpetuar a riqueza de Minas Gerais que está principalmente na cultura, no novo e ao mesmo tempo no secular: “Ouro de Minas”.
Coletivamente, estão sendo construídos novos contornos para atividade turística regional, com práticas inovadoras como resposta aos desafios da nova configuração global e cenário de recuperação da economia, concebendo o turismo como estratégia para o desenvolvimento local, fortalecimento da identidade com geração de novas oportunidades de emprego e renda.
Roteiro: Visita ao povoado de Desemboque onde se estabeleceu, em 1746, o primeiro núcleo de povoamento do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. O território é reconhecido como Portal da Serra da Canastra, marcado por uma beleza natural exuberante e a produção artesanal de queijos de altíssima qualidade.
Roteiro: Vivenciar a produção de café adaptado ao bioma do Cerrado, conhecendo as espécies cultivadas com visita aos cafezais, o processo de colheita, pós-colheita que envolve a secagem no terreiro, beneficiamento, torra, seleção de grãos e qualidade de bebidas. A atividade termina numa agradável cafeteria gourmet, onde os participantes poderão degustar o café produzido na fazenda e comprar o café com a marca do produtor, carregada de história e tradição, em ambientes diferenciados, que transformam o ato de consumir café em uma experiência memorável.
Roteiro: Vivenciar o processo de produção de uma microcervejaria artesanal e harmonizações com pratos e petiscos regionais, embarcando numa viagem sensorial, no coração do cerrado mineiro, entre plantações de seletos cafés e a paisagem bucólica do Distrito Rural do Amanhece.
Roteiro: A arte de tecer e produzir queijos, são apenas alguns dos saberes e técnicas transmitidas através de gerações e que mantém viva a memória, os costumes e a tradição mineira. O resgate do artesanato confeccionado com a roda de fiar e do tear, implantado no Brasil Colônia, traz de volta as recordações dos tempos em que as tecelãs se reuniam, em mutirão, para fiar e tecer as peças oriundas da flor do algodão. O Modo artesanal de fazer queijo em Minas Gerais é o nosso maior patrimônio cultural imaterial, desde 2008. O Turista terá a oportunidade de conhecer uma das nove microrregiões queijeiras de Minas Gerais, além da origem e dos processos de produção.
Roteiro: Fazenda Haras Barreiro, Cachaçaria Jerominho Ribeiro, Yquara Termas Hotel e pesca e passeio aquático no Rio Paranaíba.
Visitar um museu que guarda a história de uma família, o jeito mineiro de viver, inúmeros itens da história regional e de vários lugares do mundo, transformaram o Museu Vera Maximiano Drumond em um local para se viajar no tempo e refletir sobre os feitos e a inquietação humana. Além da memória, na Fazenda Haras Barreiro, entre animais primitivos, raças raras, natureza e a gastronomia singular, o visitante reúne motivos para encantar-se e não ter compromisso de ir embora.
No pontal do Triângulo Mineiro, o turista vivenciará o processo de produção de uma das cachaças mais antigas da região e reconhecida nacionalmente. Sob o Aquífero Guarani, no município de Cachoeira Dourada, está localizado o Yquara Termas Hotel reconhecido pela exuberância da natureza e das águas minerais, quentes e salgadas, que advém de poços artificiais de 500 metros profundidade.
Roteiro: A construção da gastronomia araxaense começou com os índios Arachás e contou com a influência dos negros que agregavam outros ingredientes à cultura alimentar indígena, além da versatilidade dos tropeiros, que necessitavam de técnicas e novos sabores para os pratos que se adaptassem às longas viagens. A inauguração do Grande Hotel, na década de 1940, trouxe requinte e sofisticação à gastronomia, aliada às singularidades de um território que perpetuou sua fama na excelência de seus pratos, por meio das técnicas centenárias do preparo de doces, queijos e cachaças. É este universo sensorial e de clima agradável o ano todo que pretendemos apresentar ao turista, com especial destaque para o Complexo Turístico do Grande Hotel, os Doces Artesanais Joaninha e o conjunto arquitetônico e legado histórico de uma das primeiras cidades do Triângulo Mineiro.
Roteiro: Um roteiro de natureza e bem estar é o que propomos neste momento em que muitas pessoas buscam se religar à natureza de forma tranquila, segura e saudável. Pesquisas confirmam que realizar atividades ao ar livre aumenta a confiança em si mesmo e a autonomia, melhora a criatividade em 50% e reduz o hormônio do estresse em até 16% (Fonte: Revista National Geographic – jan 2016).
Pensando nesses aspectos aliados à elementos da identidade local é que elaboramos um roteiros de imersão na natureza, nos costumes mineiros, na ciência de produzir queijos de altíssima qualidade e vivências revigorantes na nascente, cachoeiras e curso das águas do Rio São Francisco, com uma recepção calorosa dos anfitriões.
Passeios de jipes adaptados levarão os turistas aos cenários fantásticos da parte alta e baixa da Serra da Canastra. Incluímos também uma observação do por do sol incrível no Morro do Carvão ao som de sanfona, deliciando iguarias da gastronomia local, em um piquenique inesquecível.
Uma experiência que dará outro sentido às suas viagens.
Informações sobre os pacotes: www.flanarturismo.com.br
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Crédito fotos: Todas as fotos foram cedidas pela empresa Flanar Turismo.
Veja as fotos dos produtos que fazem parte da Matula Mineira:
